Nessa segunda-feira (23), foram divulgadas (de forma não oficial) as primeiras imagens do novo uniforme número três do Corinthians. A camisa é uma homenagem ao time do Torino, que no ano de 1949 sofreu um acidente aéreo e toda a delegação foi a óbito. A cor grená é muito bonita, transmite força e foge do convencional branco e preto.
Esse pelo que me lembro é o quarto uniforme intitulado de terceiro. A primeira veio em 2008 e utilizava o roxo para simbolizar o grande amor da torcida ao clube, ou seja, o corintiano é o verdadeiro “torcedor roxo”.
Apesar de ter sido escolhido pelos torcedores para ser utilizado na partida contra o Brasiliense em 16 de setembro de 2008 em partida valida pelo Brasileiro serie B. Não foi bem visto aos olhos dos corintianos mais antigos e “menos fashion”, com a alegação de que “Preto e Branco” é tradição.
No ano seguinte veio a camisa listrada (listras largas) em roxo e preto, bem parecida com a da Internazionale de Milão. Creio que essa deu menos problemas e a aceitação foi um pouco maior.
No ano do centenário o departamento de marketing lança, não uma, mas duas camisas. A primeira em uma homenagem (discreta e imperceptível) ao santo padroeiro do clube, São Jorge. O Uniforme recebeu uma cruz de “fora a fora” na parte da frente em roxo com um detalhe em dourado.
O outro fazendo uma alusão ao primeiro ao primeiro uniforme usado em 1910 e comemorando os 100 anos de existência. A camisa era em tons de bege e o escudo igual ao da época.
Agora a versão 2011 utilizada a proposta de homenagear o padroeiro do clube.
Mas acredito que o departamento de marketing não está se preocupando em agradar a todos os tipos de torcedor ou não se lembra que no Brasil há uma grande mistura de religiões. Por que digo isso?
Vamos analisar:
O Evangelho no Brasil com o surgimento das Igrejas Neopentecostais em 1970, sofreu uma grande reformulação em seus dogmas e doutrinas. E com isso hoje é muito comum encontrar fiéis (adeptos ao evangelho) utilizando camisas de times de futebol e garantindo sua presença em estádios de futebol.
Os evangélicos não têm o costume de adorar ou ser devoto de algum tipo de santo, diferente dos católicos que são adeptos a essa pratica de culto.
Sendo assim, venda da nova camisa ao público evangélico “poderá ser zero” e isso é um forte impacto.
Mesmo que o clube tenha como padroeiro o São Jorge, tem que ser levado em consideração a diversidade de religiões no país. Com essa falta de atenção, não é só o clube que perde uma boa fatia dos consumidores, mas o consumidor que não é adepto a essa devoção.
Das últimas camisas intitulada três, em minha opinião é a mais bonita, mas não se juntará às outras que possuo em meu guarda roupa.
Um comentário:
Tom, a camisa será pouco vendida na minha opinião, até mesmo por não ser lá essas coisas, em termos de beleza. O Marketing do timão está pouco criativo últimamente. Esta camisa só cairia bem no goleiro, na minha opinião. Parabéns pela crítica,Abraço!
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